04 May 2019 00:26
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<p>O especialista em marketing político Gaudêncio Torquato declara que o foco da briga eleitoral do segundo turno entre Dilma Rousseff e Aécio Neves se dará, essencialmente, no que ele apelidou de “Triângulo das Bermudas”. As primeiras pesquisas do 2º turno colocam Aécio à frente de Dilma. Agora se pode trabalhar com este quadro ou ainda é prematuro? Primeiro, o desafio de Aécio é, evidentemente, amplificar tua votação no latifúndio de votos da Dilma, que é o Nordeste, onde ela teve 60% de sua votação.</p>
<p> Como Fazer O Consumidor Apresentar Bem De Você Nas Mídias sociais? localidade concentra 26,5% do eleitorado brasileiro hoje. Ele deve aumentar a votação no Nordeste, que é muito pequena, inferior a 25%, especificamente no estado de Pernambuco — onde ele vai ter que ter o apoio da família Campos — e em alguns estados como Ceará e Bahia. Ele precisa aumentar essa votação e, evidentemente, preservar a votação dele no Sul/Sudeste.</p>
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<p>Em São Paulo, os desafios são os mesmos? Em São Paulo, Aécio teve 44% dos votos — 4,5 milhões de votos à frente da Dilma. Ele vai precisar aumentar, evidentemente, essa votação em São Paulo e no Nordeste. Em Minas Gerais, que é o estado dele, vai ter que receber a eleição — agrupar, trabalhar e pontuar. São desafios para poder aparecer à frente.</p>
<p>Dilma tem problemas maiores em São Paulo? Dilma tem que, urgentemente, recuperar o terreno perdido. Historicamente, o PT sempre teve entre 30% e 35% dos votos no estado, inclusive o Mercadante na última eleição pra governador. No Nordeste, é preciso garantir, e até aumentar, a margem. Lá, isso é possível com o Bolsa Família.</p>
<p>Evidentemente, ela vai apelar ao chamado “voto do bolso”, representado pelo programa. Conteúdo Pra Mídias sociais o bolso cheio, a barriga satisfeita e o coração agradecido, a cabeça vota. É a equação da Dilma. E qual seria a equação do Aécio? Ela é mais Conheça O Facebook Studio E Faça ótimas Campanhas Pela Rede . O voto do Aécio é mais “de cabeça”, do Sul/ Ganhar Seguidores No Twitter .</p>
<p>Este voto foi se consolidando no tempo. E a que o sr. atribui esse desenvolvimento do Aécio no final do primeiro turno? Essa expansão se deu em função do uso da justificativa e à descoberta, por parte de um segmento robusto da população eleitoral, de que o Aécio poderia — e não Marina — ser o palpável opositor ao petismo. Essa descoberta se deu nos últimos dias, e eu a todo o momento trabalhei, assim como, com a perspectiva da multidão silenciosa, que chega a enrustir o voto e é qualificado de mudar até a última hora.</p>
<p>Houve uma transformação de voto para o Aécio pela última hora. Tal que os institutos de procura erraram em 9 estados. Os resultados apontados nesses locais não correspondem aos aferidos pelas pesquisas, inclusive as de boca de urna, por conta desta multidão silenciosa. Houve uma extraordinária alavancagem de Aécio nos últimos dias, bem como em função das redes sociais.</p>
<p>Ele trabalhou muito bem essa expectativa, como o PT assim como fez. Todavia o voto no Aécio é um voto que mobilizou o meio da pirâmide social, que tem mais acesso às redes do que o pessoal das margens. Quais são as promessas de Dilma e Aécio? Se a “onda da razão” se aumentar, o Aécio oferece fortes condições pra vencer a briga. Já Dilma necessita se ancorar no Bolsa Família, no Minha Casa, Minha vida e outros programas sociais.</p>
<p>Especificamente, nos bolsões das margens do estado, onde o “voto de bolso” é muito mais robusto. Esse é um voto de reconhecimento e agradecimento. Em São Paulo, particularmente, ela precisará comparecer com o Lula pra tentar resgatar os bolsões que o PT perdeu no estado a partir das margens. Cadê o eleitorado do PT fincado pela Zona Leste, na Zona Sul? Este sentimento é muito potente em São Paulo em função da polarização que neste local se estabeleceu, de imediato há longo tempo, desde a época do Covas.</p>
<p>O sonho do Lula, até hoje, é tomar o estado. Essa onda chegou a um ponto de o PT ter, em São Paulo, uma rejeição de 40%, mais do que em qualquer outro estado do povo, por conta da forte categoria média que há no estado. São Paulo tem as maiores densidades eleitorais do povo, os maiores ajuntamentos de profissionais liberais, os maiores contingentes de trabalhadores terceirizados.</p>
